Setembro Verde

5 setembro, 2019



Considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens (após próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama), o câncer colorretal é um tumor que acomete o intestino grosso (subdividido em cólon e reto). Esta doença está se tornando cada vez mais comum na população brasileira. Somente no último ano, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) contabilizou a incidência de 36.360 casos, um aumento de 6% em relação a 2017¹.


Apesar de ser altamente prevalente em indivíduos a partir de 65 anos, nota-se também o avanço nos registros de crescimento do quadro entre os jovens. Recomenda-se o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame colonoscopia, aos 50 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes, de acordo com a recomendação do coloproctologista.


Com o avanço dos casos, é inevitável o surgimento da pergunta: como é possível evitar o surgimento do câncer colorretal? A boa notícia é que a resposta é afirmativa. Com uma alimentação adequada, rica em vegetais, controle do consumo de carne processada ou vermelha, prática regular de atividade física e check-ups anuais, é possível prevenir ou evitar o aparecimento da neoplasia.



Qual é a função do intestino?

O intestino é um órgão que faz parte do sistema digestório. Em formato de tubo, ele se estende do final do estômago até o ânus. É por meio dele que o organismo absorve água, digere alimentos e nutrientes e promove a eliminação de resíduos e toxinas pelas fezes.

O órgão está dividido em duas partes: delgado e grosso. O intestino delgado conecta o estômago ao intestino grosso e, portanto, é maior parte do órgão, com cerca de seis a sete metros de comprimento. É nele que são absorvidos os nutrientes. O intestino grosso possui aproximadamente dois metros de comprimento e tem papel vital na absorção de água, sendo responsável por mais de 60% da água absorvida pelo organismo.

É bem possível que você já tenha escutado sobre flora intestinal, não é? Saiba que ela também faz parte do órgão e consiste em um conjunto de bactérias ao longo do intestino que contribuem para o processo digestivo e na proteção de outras bactérias vindas de alimentos.


Como cuidar do intestino e evitar o câncer colorretal?

Pode ser assustador escutar “prevenção contra o câncer”, afinal, fatores genéticos contribuem para o desenvolvimento da doença. Mas, com a adoção de uma vida mais saudável é possível evitar o desenvolvimento da doença. Existem alguns fatores de risco que devem ser observados com atenção, entre eles:

– Alimentação deficiente em fibras e rica em carne vermelha, processados e industrializados;

– Obesidade;

– Sedentarismo;

– Tabagismo e alcoolismo.

Portanto, na prática é imprescindível manter uma dieta balanceada e rica em fibras e alimentos naturais, além disso, recomenda-se a prática de exercícios físicos pelo menos três vezes na semana, a diminuição do consumo de carnes vermelhas e álcool, além do controle do tabagismo.


Sintomas

Sangue nas fezes é o principal sinal de alerta para o câncer colorretal. Porém, outros sintomas podem ocorrer, como alterações no hábito intestinal (diarreia, intensa vontade de evacuar ou intestino lento), cólicas ou dores abdominais, dor na região anal, fraqueza, quadros de anemia e emagrecimento intenso.

Ao sentir qualquer um desses sintomas, a recomendação é buscar um especialista que irá investigar o caso e fazer o diagnóstico adequado.


A importância do diagnóstico precoce

O cuidado com a saúde também prevê a realização periódica de exames preventivos. No caso do intestino. Você sabia que em 90% dos casos o câncer colorretal se origina a partir de um pólipo benigno, que ao longo dos anos sofre uma evolução se tornando um tumor¹?

“Para identificar esse cenário precocemente, vá ao médico e não tema, faça a colonoscopia, caso seja recomendada”, reforça a médica. Realizada por meio de uma aparelho flexível que é introduzida do ânus até o intestino com o paciente devidamente anestesiado, o exame de imagem permite a visualização de todo o cólon e do reto, possibilitando dessa forma, a identificação de lesões pré-malignas e lesões em estágios iniciais.

Além da colonoscopia, também existe outro exame, simples e de baixa custo, que avalia a presença de sangue oculto nas fezes. Informe-se e converse com o seu médico como será com você, certamente será da forma mais adequada possível.


Câncer colorretal: tem tratamento sim!

O diagnóstico precoce é importante, porém, é fundamental estabelecer que o câncer colorretal tem tratamentos cada vez mais modernos e efetivos para cada perfil de paciente. Para os tumores menores, as lesões podem ser retiradas por colonoscopia e ressecções locais dos tumores. Já os maiores e em estados avançados também contam com opções cirúrgicas, como a laparoscopia robótica ou as cirurgias abertas. Há ainda outras opções de tratamento, como a radioterapia e a quimioterapia.



FONTE: PORTAL DA COLOPROCTOLOGIA (www.portaldacoloproctologia.com.br)


 

Hemorróidas

5 setembro, 2019



Ninguém fala sobre ela, mas é frequente na maioria da população!!! Ainda existem um tabu quando o assunto é: HEMORRÓIDA!!

Vamos então esclarecer alguns pontos sobre o assunto:


As hemorróidas são veias dilatadas na região anal que fazem parte da anatomia normal de todos nós, porém quando manifestam sintomas chamamos de doença hemorroidária. 

Existem dois tipos de hemorroidas: internas e externas, de acordo com a posição. As hemorroidas externas se formam no canal anal e região externa, sendo recobertas por uma pele bem sensível. Ao contrário, as internas estão na parte bem interna do ânus e são recobertas pela mucosa intestinal.


Sintomas

Os sintomas mais comuns ocorrem durante a defecação: dor, sangramento e prolapso, que é quando a hemorróida "sai para fora" após o esforço de defecação ou outros tipos de esforço.O sangramento, na maioria das vezes é vermelho-vivo e pode ser visto no papel higiênico ou até mesmo pingar no vaso. Seu grau de intensidade pode ser variável.O prolapso pode voltar sozinho para dentro ou então é preciso empurrá-lo.Uma inchaço local após defecar pode gerar uma sensação de inflamação, produzindo apenas desconforto ou dor intensa. A coceira (prurido) ao redor do ânus é também um sintoma comum.

Mulheres grávidas desenvolvem sintomas com freqüência ao final da gestação e que acabam melhorando após a gravidez. Contudo, podem continuar apresentando problemas crônicos e devem procurar cuidados médicos.


Qual é a causa?

A dificuldade no momento da evacuação por fezes ressecadas, uso crônico de laxantes, longos períodos sentado no banheiro, gravidez, além de rotinas profissionais ou esportivas, podem aumentar a pressão dentro das veias, o que as leva a dilatar. A hereditariedade (herança genética) também é reconhecida como um fator importante para o desenvolvimento de hemorroidas.


Hemorroidas podem causar câncer?

Não, entretanto metade das pessoas que procuram tratamento para hemorroidas tem sintomas ocasionados por outros problemas. Em alguns casos o câncer pode ser a causa do sangramento pelo ânus e por este motivo não é seguro acreditar que seu sangramento provém de hemorroidas sem antes consultar um especialista, por vezes são necessários exames complementares para investigar a origem dos sintomas. 


Tratamentos mais comuns

Sintomas leves normalmente são tratados através da correção dos hábitos alimentares, aumentando ingestão de água e de fibras. São boas fontes de fibras os cereais, os alimentos integrais, as frutas e os vegetais.Diminuir o esforço para evacuar é muito importante para não piorar o problema. Podem ser usadas pomadas e medicações via oral para tentativa do alívio dos sintomas.

Nos casos em que as medidas clínicas não resultam em um bom controle dos sintomas, pode ser necessário um tratamento definitivo através de procedimentos, que vão desde a ligadura elástica até a cirurgia propriamente dita.


Se você tem algum desses sintomas ou tem dúvidas em relação a hemorróidas e melhor tratamento para o seu caso, procure um médico coloproctologista!


Dra. Renata Bandini

CRM - SP: 150.000

 

ANUSCOPIA

22 julho, 2019

Hoje vamos falar sobre um exame muito comum para os coloproctologistas porém pouco conhecido pelos pacientes: a ANUSCOPIA.


A anuscopia faz parte do exame proctológico que é o exame físico do ânus e do canal anal. O paciente que apresenta alguma queixa orificial (anal) deve obrigatoriamente ser examinado pois as doenças do ânus e canal anal muitas vezes apresentam os mesmo sintomas porém tem motivos diferentes e merecem tratamento diferentes. A melhor forma de fazer o diagnóstico dessas doenças é o exame físico.


É importante esclarecer que o exame de colonoscopia NÃO substitui o exame proctológico, pois a colonoscopia só examina o cólon (intestino grosso) e o reto, não identificando alterações do canal anal.


O exame proctológico é composto por três etapas:


1 - Inspeção: quando examinamos a parte externa do ânus, sendo possível identificar plicomas, fissuras, processos inflamatórios, orifícios fistulosos, entre outros.

Além disso, a inspeção dinâmica permite perceber prolapsos do reto e alterações de funcionamento da musculatura pélvica e perineal.


2 - Toque retal: pelo toque podemos perceber alterações da mucosa do canal anal e reto baixo, como pólipos e tumores. Podemos também avaliar a musculatura anorretal, aquela que usamos para segurar as fezes.


MAS E A PRÓSTATA??

A próstata também é sentida pelo toque retal porém não é o objetivo do exame do proctologista, por isso o toque retal feito pelo proctologista não substitui a avaliação prostática pelo Urologista ( médico cirurgião das vias urinárias).


3 - Anuscopia: essa etapa é realizada com um aparelho, semelhante a um espéculo, ou um pequeno funil, que é introduzido no ânus após lubrificação e que ajuda no diagnóstico das hemorróidas e outras patologias. Com ele conseguimos avaliar a mucosa do reto, a presença de sangramento ou muco em excesso.


Para a realização da anuscopia não é necessário nenhum tipo de preparo intestinal, é rápido e indolor e com certeza vai ajudar em muito no diagnóstico para suas queixas.


No consultório realizo anuscopia não só durante a consulta mas também para pedidos de outros médicos.


Agende sua anuscopia!


Dra. Renata Bandini

Coloproctologista

CRM - SP 150.000



 

Pólipos colônicos

25 junho, 2019

O pólipo intestinal é uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa do intestino grosso. É uma das condições mais comuns que afeta o intestino, ocorrendo em 15 a 20% da população.

Eles podem ser de diversos formatos e podem surgir em qualquer parte do intestino grosso. Inicialmente são diminutos e benignos (adenoma), podendo crescer até sofrerem transformação maligna (adenocarcinoma), por isso a prevenção com exames de rastreamento são tão importantes. 


Como surgem os pólipos?

Pólipos intestinais surgem como resultado das alterações (mutações) dos cromossomos de algumas células da mucosa, fazendo com que as células tenham um crescimento descontrolado e desorganizado. As mutações podem surgir ao longo da vida e tem maior chance de ocorre em pacientes acima dos 50 anos, além disso algumas famílias tem alterações genéticas que determinam maior risco para desenvolvimento de pólipos. 


Quais são os sintomas?

A maioria dos pólipos não causam qualquer sintoma e são descobertos em exames de rastreamento, como a colonoscopia.

Quando provocam sintomas, podem provocar sangramento, saída de muco com as fezes e alterações no funcionamento do intestino.

Como descobrir se você tem pólipos?

Os pólipos podem ser diagnosticados através de exames endoscópicos, como a colonoscopia ou radiológicos, como o enema opaco, hoje em dia menos utilizado.  

Exames mais simples também podem ser indicados para a detecção precoce. A pesquisa de sangue oculto nas fezes pode ser útil para selecionar pacientes candidatos aos exames completos como a colonoscopia. Mas, é importante enfatizar que um teste negativo não exclui a presença de um pólipo. 


E após o diagnóstico??

Todos os pólipos encontrados no exame endoscópico devem ser totalmente removidos e enviados para análise do médico patologista (exame anatomopatológico). A imensa maioria dos pólipos é removida através da colonoscopia, exame que permite a utilização de instrumentos delicados e especiais. Contudo, a localização e as características de alguns pólipos podem exigir sua remoção através de cirurgia.

Este exame teve início na década de 80 e desde então foi aperfeiçoado e já representa um procedimento seguro. Atualmente, os equipamentos empregados no exame (colonoscópios) produzem imagens de excelente qualidade havendo grande variedade de acessórios destinados à remoção dos pólipos (polipectomia). Dessa forma, o especialista tem condições de usar o arsenal mais adequado de acordo com as características do(s) pólipo(s). As complicações são potencialmente graves (hemorragia ou perfuração intestinal), eventualmente requerendo tratamento cirúrgico para sua solução. Apesar da possibilidade de complicações, sua baixa incidência não deixa dúvidas a respeito do benefício de se propor a colonoscopia e a polipectomia como estratégia eficaz na prevenção do câncer de intestino.


Se você tiver dúvidas em relação a indicação da colonoscopia para pesquisa de pólipos procure um coloproctologista!!



 Dra. Renata Bandini

CRM-SP 150.000

Coloproctologista


 

Doença de Crohn

25 junho, 2019



Vamos agora falar sobre uma doença pouco conhecida e pouco falada mas que está cada dia mais comum devido em parte ao nosso estilo de vida: a doença de Crohn!


A doença de Crohn é uma doença inflamatória crônica que pode se manifestar em qualquer parte do tubo digestivo (desde a cavidade oral até a região anal) sendo mais comum na final do intestino delgado (íleo) e do intestino grosso. Não há cura descrita, mas os pacientes que mantém acompanhamento e tratamento podem ter uma vida normal, com os sintomas bem controlados!


Sua causa ainda não está esclarecida, por isso ainda é um mistério para muitos médicos, principalmente para quem não é especialista. Os pacientes com doença de Crohn em sua maioria serão tratados por gastroenterologistas ou coloproctologistas. Sua causa é considerada multifatorial já que há influência de diversos fatores, principalmente fatores genéticos, contato com vírus e bactérias na infância, fatores ambientais, como estilo de vida, estresse, hábitos alimentares, e fatores imunológicos.
Pode afetar tanto adultos como crianças, tendo dois picos de incidência, entre os 20 e 30 anos e depois entre os 50 e 60 anos, não havendo predominância de sexo.


Os sintomas mais comuns são: alterações de hábito intestinal, normalmente com vários episódios de diarréia durante o dia, perda de peso e dor abdominal. As fezes podem conter sangue ou muco. Além disso febre, alterações nos olhos, articulações e na pele podem ocorrer. Aproximadamente um terço dos paciente tem manifestações no ânus e canal anal, principalmente fístulas.


O diagnóstico da Doença de Crohn depende da avaliação em conjunto dos sintomas e queixa dos pacientes, exame físico e exames complementares. Além disso, é importante esclarecer que não há um exame que comprove a doença. Nessa pesquisa é importante excluir outras doenças que causem os mesmos sintomas.
A colonoscopia com biópsia e avaliaçãodo íleo terminal é o melhor recurso para o diagnóstico da doença. O exame histopatológico do material colhido na biópsia pode confirmar a suspeita. A tomografia computadorizada do abdome pode ser útil na identificação de fístulas entre alças intestinais e outras alterações. Outros exames como radiografias do abdome, exame contrastado do intestino delgado podem ajudar. Os exames laboratoriais também são importantes no diagnóstico e controle da enfermidade.


O tratamento depende da forma de apresentação da doença e do grau de gravidade, é iniciado quase sempre com medicamentos. O corticosteroide é a medicação mais usada para ajudar nas crises e tentar controlar os sintomas, porém não é a medicação escolhida para o tratamento de longo prazo. Várias outras medicações podem ser associadas com o objetivo de fazer regredir a inflamação dos tecidos como os aminosalicilatos, os imunossupressores e a terapia biológica. Alguns casos necessitam de intervenção cirúrgica para tratamento de complicações. A indicação mais comum de cirurgia é o tratamento das estenoses (estreitamento) intestinais.


Como vimos, é uma doença complexa, que necessita de acompanhamento frequente de um médico especialista para o controle adequado dos sintomas e melhor qualidade de vida do paciente!
Se houver alguma dúvida, entre em contato pelo site ou agende uma consulta!!


Dra. Renata Bandini

CRM -SP 150.000
Coloproctologista

 

Bem vindos!!

25 junho, 2019

Olá!

Sou Dra. Renata, cirurgiã geral e coloproctologista e estou aqui para falar um pouco de mim e do meu trabalho.

A Coloproctologia é uma especialidade médica pouco conhecida ainda mas que engloba grande parte das queixas diárias de diversos pacientes. Coloproctologia ou Proctologia é a especialidade cirúrgica que se dedica aos estudos das doenças que acometem o intestino grosso, reto e ânus. O médico coloproctologista é capacitado para tratamento de doenças clínicas e cirúrgicas desses orgãos,  desde as mais simples, como hemorróidas e fissuras, até as mais complexas como o Câncer Colorretal e as Doenças inflamatórias Intestinais, como a Doença de Crohn e Retocolite ulcerativa.

Acredito que a medicina deve ser realizada com profissionalismo, excelência e sobre tudo carinho ao próximo. A relação entre o médico e seu paciente é a base para chegarmos ao objetivo final, que é a sua saúde.

No consultório tenho a possibilidade de realizar um atendimento amplo e profundo, sem pressa, para nos conhecermos e para que possamos em conjunto avaliar seu caso e escolher qual o melhor caminho para o seu tratamento.


Estou a disposição para esclarecer suas dúvidas e farei o melhor para cuidar da sua saúde, agende uma consulta!!